domingo, 23 de maio de 2010

Viva o Divino Espírito Santo!

Aos 58 anos, dona Dora (à esq.) e a irmã Bernadete (à dir.) saíram de casa mais cedo neste sábado (22) para se juntar aos milhares de devotos e repetir, por mais um ano, a tradição do avô Juquinha Nunes, carregando a bandeira vermelha pelas ruas, atrás do tradicional desfile da Entrada dos Palmitos, ponto alto da Festa do Divino Espírito Santos, em Mogi das Cruzes (SP).
A bandeira, conta, é a mesma que o avô utilizava há mais de cem anos no cortejo. A imagem da pomba talhada em madeira e o mastro de guatambu são os mesmos. “A única coisa que eu reformo de vez em quando é o pano, que rasga”, acrescentou.

Junto à tradição e à fé mantidas na família Nunes, histórias da infância iam sendo contadas naquela breve conversa ao pé da calçada, enquanto o desfile seguia em marcha, com seus festeiros, violeiros, congadeiros, cavaleiros, banda e carros de boi.

Outros dois parentes – que infelizmente não memorizei os nomes – se achegam. Ao perceber o interesse na prosa de Dora e Terezinha, um deles logo avisa em tom de brincadeira: “Tem muita história sobre o Divino, mas muita lenda também”. E relembrou Nhá Zefa, a “Zefa onça”, que existiu de verdade. Mulher de beleza encantadora e olhar penetrante. “Mas parecia onça”, acrescentou Terezinha, referindo-se à braveza dela.

Viva o Divino, suas histórias e lendas!











quarta-feira, 12 de maio de 2010

Dunga e a sombra de Lazaroni


O técnico Dunga comprou uma briga das grandes com a imprensa brasileira. Nem tanto pelos nomes deixados de fora – Adriano, Ronaldinho Gaúcho, Vitor, Neymar e Ganso – ou pelos que foram surpresa na convocação – Grafite, Kléberson e Doni –, o que inicialmente não agradou boa parte dos jornalistas – e torcedores - que cobrem a seleção brasileira. Mas, sobretudo, pela ex-clu-si-ví-ssi-ma, ao vivo, ontem para o Jornal Nacional – para quem não sabe, Dunga só fala com jornalistas em entrevistas coletivas. E ponto.

Aliás, a entrevista não acrescentou nada. Com perguntas mornas, serviu apenas para lustrar o ex-capitão da seleção.

Se o Brasil se der bem na Copa, ótimo. Do contrário, segura... porque o chumbo será grosso. Como disse ontem William Wack, âncora do Jornal da Globo, o técnico será chamado de “burro”. E já teve quem até evocou - e depois exorcizou - o fantasma de Sebastião Lazaroni. Xô, cuzaruim!